terça-feira, 17 de julho de 2012

Albert Santos Dumont

COMEMORAÇÃO DE ANIVERSARIO AO SANTOS DUMONT 





Alberto Santos-Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, no local que viria a ser o município de Palmira (hoje rebatizado em honra a ele), em Minas Gerais. Filho de Henrique Dumont, de ascendência francesa e engenheiro de obras públicas, e de Francisca Santos-Dumont, filha de uma tradicional família portuguesa.

Com Alberto ainda pequeno a família se mudou para Valença (atual município de Rio das Flores) e passou a se dedicar ao café. Em seguida seu pai comprou a Fazenda Andreúva a cerca de 20 km de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ali, o pai de Alberto logo percebeu o fascínio do filho pelas máquinas da fazenda e direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade.

Em 1891, Alberto, então com 18 anos e emancipado, foi para a França completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar em Paris, admirou-se com os motores de combustão que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e comprou um para si. Logo Santos-Dumont estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris.

Com a morte do pai, um ano depois, o jovem Santos-Dumont sofreu um grande abalo emocional, mas continuou os estudos na Cidade-Luz. Em 1897 fez seu primeiro vôo num balão alugado. Um ano depois, subia ao céu no balão Brasil, construído por ele. Mas procurava a solução para o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma de charuto, com hidrogênio e motor a gasolina.

Primeiro vôo
No dia 20 de setembro de 1898 realizou o primeiro vôo de um balão com propulsão própria . No ano seguinte voou com os dirigíveis número 2 e número 3. O sucesso de Santos-Dumont chamou a atenção do milionário Henry Deutsch de la Muerte que no dia 24 de março de 1900 ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud, contornasse a torre Eiffel e retornasse ao ponto de partida em 30 minutos.

Santos-Dumont fez experiências com os números 4 e 5. Em 19 de outubro de 1901 cruzou a linha de chegada com o número 6, mas houve uma polêmica graças a um atraso de 29 segundos. Em 4 de novembro o Aeroclube da França declarou-o vencedor. Além do Prêmio Deutsch recebeu do presidente Campos Salles outro prêmio no mesmo valor e uma medalha de ouro.

Em 1902 o príncipe de Mônaco, Alberto 1º, ofereceu um hangar para ele fazer suas experiências no principado. Santos-Dumont continuou construindo seus dirigíveis. O numero 11 foi um bimotor com asas e o numero 12 parecia um helicóptero. Em 1906 foi instituída a Taça Archdeacon para um vôo mínimo de 25 metros com um aparelho mais pesado que o ar, com propulsão própria. O Aeroclube da França lançou o desafio para um vôo de 100 metros.

Com Edison e Roosevelt
Em abril de 1902 Santos Dumont viajou para os Estados Unidos onde visitou os laboratórios de Thomas Edison e foi recebido pelo presidente Theodore Roosevelt. Em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, o 14-Bis voou por uma distância de 60 metros, a três metros de altura e conquistou a Taça Archdeacon. Uma multidão de testemunhas assistiu a proeza e no dia seguinte toda a imprensa louvou o fato histórico. O dinheiro do prêmio foi distribuído para seus operários e os pobres de Paris, como era o costume do inventor.

Em 12 de novembro de 1906, na quarta tentativa, conseguiu realizar um vôo de 220 metros, estabelecendo o primeiro recorde de distância e ganhando o Prêmio Aeroclube. Santos-Dumont não ficou satisfeito com os números 15 a 18 e construiu a série 19 a 22, de tamanho menor, chamadas Demoiselles.

Santos-Dumont recebeu diversas homenagens na Europa e nas Américas, em especial no Brasil, onde foi recebido com euforia. Como o brasileiro não patenteava suas invenções, seus projetos foram aperfeiçoados por outros como Voisin, Leon Delagrange, Blériot, Flarman.

Em 1909 ocorreram dois grandes eventos: a Semaine de Champagne, em Reims, o primeiro encontro aeronáutico do mundo e o desafio da travessia do Canal da Mancha. Nesse ano Santos-Dumont obteve o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França. Em 25 de julho de 1909, Blériot atravessou o canal da Mancha e foi parabenizado por carta pelo brasileiro.

Primeira Guerra Mundial
Cansado e com a saúde abalada, Santos-Dumont realizou seu último vôo em 18 de setembro de 1909. Depois fechou sua oficina e em 1910 retirou-se do convívio social. Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas alemãs. Era o início da Primeira Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra e Santos Dumont amargurou-se ao ver sua invenção ser usada com finalidades bélicas.

Passou a se dedicar ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar. Em 1915, com a piora na sua saúde, decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º Congresso Científico Panamericano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião como forma de facilitar o relacionamento entre os países.

Já sofrendo com a depressão, encontrou refúgio em Petrópolis, onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como um chuveiro de água quente e uma escada onde só se pode pisar primeiro com o pé direito. Permaneceu lá até 1922, quando visitou os amigos na França. Passou a se dividir entre Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e Fazenda Cabangu, MG.

Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como armas de guerra. No mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que facilitava a subida nas montanhas. Internou-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na Suíça.

Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, mas declinou do convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na Suíça e depois retornou à França.

Em 1928 veio ao Brasil no navio Capitão Arcona. A cidade do Rio de Janeiro tinha se preparado para recebê-lo festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, sobrevoando o navio onde estava, da empresa Condor Syndikat, e que fora batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes. Abatido, Santos-Dumont retornou a Paris.

Legião de Honra
Em junho de 1930 foi condecorado com o título de Grande Oficial da Legião de Honra da França. Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França. Antônio Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro, encontrou Santos-Dumont doente na França, o que o levou a entrar em contato com a família e a pedir ao sobrinho Jorge Dumont Villares que fosse buscar o tio.

De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e finalmente no Guarujá, onde se instalou no Hotel La Plage, em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Em 1932, explodiu a Revolução Constitucionalista, quando o Estado de São Paulo se levantou contra o governo de Getúlio Vargas. Isso incomodava a Santos-Dumont, que lançou apelos para que não houvesse uma guerra civil. Mas aviões atacaram o campo de Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente esse fato pode ter piorado a angústia de Santos Dumont, que nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, suicidou-se, aos 59 anos de idade, sem deixar descendentes.

Nota : O Grupo de Apoio a FAB , parabeniza esse grande mestre da invenção pelo seu aniversario comemorativo .



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Divulgados os 3 novos pilotos da Fumaça

Novos integrantes na Esquadrilha da Fumaça !




A Esquadrilha da Fumaça divulgou o nome dos três novos pilotos que passam a integrar a equipe fumaceira. Cap Av Ubirajara Costa Júnior, Cap Av Daniel Pereira Garcia e Ten Av Thiago Capuchinho assumirão, a partir de 2013, as posições de #3 Ala Esquerda, #6 Ala Direita Externa e #2 Ala Direita, respectivamente.

A "sexta-feira 13" trouxe muita sorte e foi de muita felicidade aos aviadores que receberam a notícia de forma inesperada. O Cap Costa, que atualmente é instrutor de voo na Academia da Força Aérea (AFA), recebeu, após o expediente, a visita de alguns pilotos enquanto os demais sobrevoaram os arredores de sua casa. Pelo rádio, o Comandante da Fumaça, que liderava o voo, deu a notícia e as boas-vindas ao novo fumaceiro. Muito emocionado, Costa recebeu os cumprimentos da família e dos novos companheiros de trabalho. Já o Cap Garcia e o Ten Capuchinho, que são instrutores do Esquadrão Joker, na Base Aérea de Natal (BANT), receberam uma ligação do Comandante e todos da equipe deram os parabéns pelo telefone.

Os aviadores foram aprovados no conselho operacional realizado entre todos oficiais da Esquadrilha. Anualmente, a equipe escolhe três novos pilotos que, possuindo os requisitos necessários, se candidatam às vagas. Para se candidatar neste ano era necessário possuir 1500 horas de voo, sendo 800 horas como instrutor da AFA ou ser instrutor de voo no Esquadrão Joker.

O treinamento dos três militares está previsto para iniciar no mês de setembro. Nós da Esquadrilha da Fumaça agradecemos muito a todos os que se candidataram e parabenizamos os escolhidos, desejando excelentes voos junto a nós!


Fumaça... Já!


Esquadrilha da Fumaça - 60 anos 

Cap Garcia na BANT - novo #6

Cap Costa, já com o uniforme da Fumaça - novo #3

Cap Costa (segundo em pé) com equipe, após receber a notícia

Cap Garcia na BANT - novo #6

Nos da GAFAB, desejamos aos nossos companheiros uma bela jornada a frente , Ten. Av. Cel.Marcelo Gobett um céu de Brigadeiro recheado de Fumaça ...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Broa Fly-In

A Décima segunda edição do Broa Fly-In foi marcada pela emoção, tanto na terra como no céu. Organizado pelo IAB - Instituto Arruda Botelho, os organizadores esperaram receber cerca de 3 mil pessoas até domingo dia 24. O evento promove o encontro de aviadores, fornecedores e consumidores da aviação. O aeródromo Dr. José Augusto de Arruda Botelho, recebeu a presença de autoridades nacionais e internacionais bem como pilotos e aeronaves como a Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira, a Esquadrilha Extreme comandada pelo Comandante Carlos Edo, o acrobático Sukhoi Su-31 PT-ZSL Pilotado pelo Comandante Luiz Richieri, entre outras aeronaves. 

Emocionado o publico acompanhou o cerimonial realizado no sábado dia 23 com os familiares de Fernando Arruda Botelho, morto em um acidente aeronáutico no mês de Abril, junto aos familiares estava o Rei Carlos e a Rainha Silvia da Suécia, o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar – Juniti Saito, o Comandante do EDA Tenente Coronel Esteves e demais autoridades. A cerimônia seguiu com a homenagem ao EDA em comemoração aos 60 anos e também com a homenagem a Fernando Botelho, que faleceu no dia 13 de Abril enquanto fazia um voo com o T-28 Trojan. Seguindo com a homenagens o 1º/16º GAv - Esquadrão Adelphi, realizou algumas passagem a baixa altitude, o A-1A AMX foi comandado pela Tenente Aviadora Carla Alexandre Borges que foi um dos pontos altos do dia. 

O evento seguiu com apresentações acrobática, saída e chegada de aviões civis e militares. Por volta das 15hs a Esquadrilha Extreme comandada por Carlos Edo iniciou o giro dos motores de seus lendários T-6, seguido do Beach Bee levando os páraquedistas entrando na esquadrilha na posição solo o Comante Luiz Richieri com seu sukhoi -31. 

Após a apresentação da Extreme foi a vez da nossa Esquadrilha da Fumaça iniciar os preparativos para mais uma demonstração. Liderada pelo Tenente Coronel Esteves à Esquadrilha da fumaça deu mais um show de pericia e sincronismo fechando assim mais um dia de operações no evento. 
Texto retirado da REVISTA AEROLATINA !!
AGRADECIMENTO : AGRADEÇO A REVISTA AEROLATINA POR ESTA NESSE MOMENTO COM A GENTE , NETTO E ANDRE MANHANI